19/01/2021

Vale a pena fazer um curso de cremação?

Por admin

Com o crescimento exponencial do mercado de trabalho, já é possível notar um aumento na procura por cursos de cremação e por profissionais qualificados nesse segmento.

O mercado de cremação vem apresentando uma ascensão nos últimos anos e consequentemente tem se tornado uma ótima oportunidade de carreira para o profissional que quer se especializar nesse ramo.

Neste artigo vamos explicar o motivo desse serviço e área de atuação ter tido um aumento em sua procura e dizer se vale ou não a pena fazer um curso de cremação, tendo em vista o cenário atual.

Vamos lá?

O crescimento dos crematórios e procura pelo serviço de cremação

Até o final da década de 90 e início dos anos 2000 havia no Brasil apenas três crematórios, sendo um público e dois privados. Posteriormente, em 2017, uma pesquisa revelou que já havia cerca de 132 crematórios no país, sendo que esse número tem crescido ano após ano.

O número de procedimentos realizados também tem apresentado grandes avanços. Durante o ano 2017 foram feitas na cidade de São Paulo a quantia de 10.250 cremações, quase o dobro do que foi realizado em 2005.

Logo, percebemos que com o aumento da procura pelo serviço de cremação, aumenta também a demanda por profissionais altamente habilitados e por cursos de cremação, que garantam uma boa qualificação e consequente atuação desses profissionais nesse mercado de trabalho.

Mas afinal, o que é a cremação?

A cremação é uma técnica funerária que consiste em submeter o corpo a uma alta temperatura, aproximadamente 1000°C, em um espaço preparado e especialmente desenvolvido para esse procedimento, para que se torne cinzas. A cremação pode ocorrer após 24 horas após o óbito, e dependendo da escolha dos familiares ou por questões religiosas, em 72 horas após o óbito.

Antes da cremação também há a opção de ser realizado o velório seguido do cerimonial de despedida, com a presença dos familiares e amigos, realizando as devidas homenagens para o ente querido.

No final do processo de cremação, as cinzas serão entregues à família.

Por que tem aumentado a procura pelo serviço de cremação e por profissionais qualificados nessa área?

São várias as razões para o aumento da procura por esse tipo de serviço. Muitos paradigmas sobre os custos da cremação vem mudando, bem como questões religiosas, ainda mais com a facilidade do acesso à informação disponível atualmente. Vamos ver quais são eles?

  • Praticidade

O serviço de cremação é mais prático do que o enterro tradicional. No primeiro, o procedimento é realizado e as cinzas são entregues às famílias, podendo ser armazenadas em suas casas, em urnas cinerárias ou em columbários, que são grandes armários de madeira com portas de vidro e fechadura dentro do crematório. Já no enterro tradicional, precisa haver a manutenção periódica do jazigo e, posteriormente, a exumação, que é a retirada dos restos mortais da sepultura.

Logo, realizar a cremação se torna muito mais prática e tem atendido às necessidades da sociedade atual, sobretudo de muitos jovens.

  • Economia

Antes se pensava que a cremação era algo muito caro, destinado apenas para pessoas com alto poder aquisitivo. Porém, o que se vem constatando é que esse serviço é mais econômico do que o enterro tradicional. Em um cemitério particular a compra de um jazigo custa no mínimo R$ 20.000,00. Acrescidos aos custos de caixão, taxa de sepultamento, exumação e manutenção do jazigo, os custos passam a ser muito mais elevados quando comparados aos da cremação, que possui preços a partir de R$ 3.500,00.

Após a cremação, as cinzas podem ser armazenadas em urnas cinerárias, que custam a partir de R$ 200,00 e variam para valores mais elevados de acordo com o material que são produzidas. Caso os familiares não queiram espargir as cinzas num rio, lago, mar ou jardim, e nem guardar a urna cinerária dentro de casa ou fora dela, uma saída é guardá-la dentro do crematório em grandes armários de madeira com portas de vidro e fechadura, conhecidos como columbários, que possuem mensalidades a partir de R$ 70,00. Em resumo, notamos que a cremação vem crescendo em todo o Brasil e além disso pode custar até 6 vezes menos do que o enterro.

  • Quebra de paradigma religioso

Um motivo importante que tem contribuído para o aumento da procura pela cremação em todo o território nacional é o rompimento com o conservadorismo religioso. Por muitos anos a Igreja Católica proibiu que fossem feitas as cremações e o Brasil possui a maior parte de sua população de fiéis católicos. Mas em 1963 o Papa Paulo VI publicou a Instrução do Santo Ofício “Piam et Constantem” autorizando a cremação, desde que essa vontade não fosse por negação aos princípios cristãos ou por ódio à Igreja Católica. Salvo exceções, a cremação também tem aceitação da maioria das religiões cristãs, desde que seja respeitada a especificidade de cada uma delas. No espiritismo, por exemplo, pede-se o prazo de 72 horas para cremar o corpo, pois eles acreditam que o espírito leve esse tempo para se desencarnar.

A aceitação de grande parte das religiões propiciou o crescimento da procura pela cremação.

  • Proteção a saúde e meio ambiente

Quando ocorre o enterro tradicional, o corpo passa pelo estágio de putrefação. Esse estágio é composto de quatro fases, sendo a primeira fase chamada cromática, seguida pela fase gasosa, depois a fase coliquativa e por último a fase da esqueletização.

Na segunda fase, a gasosa, o corpo libera muitos gases, entre eles o gás sulfídrico, monóxido de carbono, a amônia e a fosfina. Esses gases podem atingir a atmosfera contaminando o ar que respiramos.

Já com a cremação não há esse perigo, pois o procedimento realiza a queima e eliminação desses gases tóxicos durante o seu processo. Há também um filtro no forno de crematório que impede a atmosfera de ser poluída.

Na terceira fase, a coliquativa, o corpo torna-se uma massa pútrida, e quando não há um jazigo impermeabilizado, essa massa alcança o solo e o lençol freático, contaminando a terra e as águas, e aumentando as doenças como a febre tifóide, a hepatite, a poliomielite, a meningite, etc.

Além disso, essa massa pútrida pode contaminar o solo com o necrochorume, que possui dois compostos altamente tóxicos e cancerígenos, que são a putrescina e a cadaverina.

Porém, com a cremação, o perigo da contaminação dessas doenças será eliminado, uma vez que o corpo não passará pelo estágio de putrefação.

Um outro exemplo de doença que pode ser prevenida é a dengue. Os vasos de flores que são deixados nos jazigos, caso não tenham uma manutenção correta, podem se tornar criadouros do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, colocando em risco a vida dos funcionários e das pessoas que visitam o cemitério.

  • Um mercado em ascensão

O mercado de cremação vem crescendo a cada ano, porém ainda há um vasto mercado a ser explorado. Segundo o IBGE, em 2018 foram registradas aproximadamente 1 milhão e 300 mil mortes. O Sincep, que é o sindicato de cemitério e crematório do Brasil, informa que aproximadamente 10% das pessoas que morrem no Brasil são cremados, então temos a estimativa de que, no ano de 2018, 130 mil corpos foram cremados.

Dessa forma podemos ver que existe um campo gigantesco a ser explorado pela indústria da cremação. Um outro dado relevante, é que na última década o crematório da Vila Alpina duplicou a sua quantidade de cremações, comprovando que este mercado está em plena ascensão.

O que o aluno irá aprender em um curso de cremação?

A Cremação é um dos módulos do Curso de Ciências Mortuárias, que é uma metodologia de ensino criada pelo Prof. Sergio Portela, fundador e diretor da escola Signum Cursos, tendo como objetivo unir e transmitir o conhecimento de 7 ciências dentro de 1 único curso, cujo objeto de estudo é a morte e o morto. São elas a Necropsia, Papiloscopia, Cremação, Tanatopraxia, Agente Funerário, Necromaquiagem e Reconstrução Facial. 

 

No módulo de cremação o aluno aprenderá sobre os fundamentos da cremação, ou seja, a postura correta ao atender os familiares, os documentos que devem ser requisitados no momento do atendimento, os cargos existentes dentro de um crematório, as Leis que permeiam a profissão e esse tipo de serviço, o período de surgimento da cremação, o porquê dela estar em ascensão no Brasil, as diferenças entre cremar e inumar, o plano de cremação futura, o funcionamento de um forno de crematório, os tipos de urnas cinerárias etc.

Afinal, vale a pena fazer um curso de cremação?

Logo, podemos concluir que vale muito a pena fazer um curso de cremação, pois o profissional que o faz certamente está preparado para um futuro muito próspero.

Esta carreira está em expansão e o profissional que deseja o crescimento nessa área precisa estar muito bem preparado.

Atualmente, o Brasil já possui mais de 132 crematórios, sendo que a tendência para os próximos anos é um aumento ainda maior.

Muitos desses crematórios são privados, porém, também há contratações através de concursos públicos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, existe o Crematório Municipal Dr. Jayme Augusto Lopes, mais conhecido como “Crematório da Vila Alpina”, onde a contratação de seus colaboradores somente é feita através de concursos. No entanto, se faz necessário que o candidato comece os seus estudos com antecedência, não deixando para fazer o curso preparatório quando for publicado o edital.

A procura pela cremação vem crescendo exponencialmente e diversas vagas de trabalho estão surgindo nessa área, não só para cremação de humanos, mas também para a cremação de animais. Além de que, o especialista na carreira de cremação também poderá empreender na área, tendo seu próprio crematório.

Neste artigo explicamos melhor quais as oportunidades para o profissional da cremação, que podem ser tanto operacionais quanto administrativas, e oferece salários que variam de R$ 1.800,00 a R$ 5.000,00.

Quer saber mais?

O módulo de cremação da Signum contempla os cargos administrativos do crematório, sendo eles o de coordenador, assistente e atendente, preparando os profissionais para a parte técnica dessas funções e oferecendo o conhecimento sobre cada processo.

Matricule-se hoje mesmo no Curso de Ciências Mortuárias da Signum e venha ser um profissional dessa área!