02/03/2021

Por que a indústria da cremação vem crescendo ano a ano no Brasil?

Por admin

O mercado de cremação vem apresentando uma ascensão nos
últimos anos, sendo que a procura por esse serviço tem apresentado um
crescimento não só no Brasil, mas também no mundo.

Podemos notar que atualmente a sociedade brasileira vem optando cada vez mais pela despedida dos familiares através da cremação.

Até o final da década de 90 e início dos anos 2000 havia no Brasil apenas três crematórios, sendo um público e dois privados. Posteriormente, em 2017, uma pesquisa revelou que já havia cerca de 132 crematórios no país, sendo que esse número tem crescido ano após ano.

Segundo o site da Prefeitura do Município de São Paulo, foram realizadas no crematório da Vila Alpina 9.170 cremações de corpos no ano de 2015, 9.493 no ano de 2016 e 10.250 no ano de 2017. Isso nos mostra uma escalada crescente e contínua na escolha desse tipo de serviço.

Mas afinal, o que é a cremação?

A cremação é uma técnica funerária que consiste em submeter o corpo a uma alta temperatura, aproximadamente 1000°C, em um espaço preparado e especialmente desenvolvido para esse procedimento, para que se torne cinzas. A cremação pode ocorrer após 24 horas após o óbito, e dependendo da escolha dos familiares ou por questões religiosas, em 72 horas após o óbito.

Antes da cremação também há a opção de ser realizado o velório e após o cerimonial de despedida com a presença dos familiares e amigos, sempre com as devidas homenagens para o ente querido.

No final do processo, as cinzas serão entregues à família.

E por que tem aumentado a procura pelos serviços de cremação?

São várias as razões para o aumento da procura por esse tipo de serviço. Muitos paradigmas sobre os custos da cremação vem mudando, bem como questões religiosas, ainda mais com a facilidade do acesso à informação disponível atualmente. Isso tem proporcionado que muitas pessoas optem pelo serviço de cremação, que pode chegar a ser 6 vezes mais barato do que o enterro tradicional. Além disso, a cremação proporciona uma economia de dinheiro e de espaço, uma vez que um caixão é maior que uma urna cinerária.

Outro motivo é o fato de que as pessoas estão se conscientizando sobre os benefícios que a cremação traz à sociedade, especialmente através das informações que são facilmente acessadas hoje em dia. O corpo em estágio de putrefação e enterrado em jazigo não impermeabilizado pode contaminar o solo e os lençóis freáticos, trazendo doenças como a febre tifóide, a hepatite, a meningite, a poliomielite, a desinteria, a tuberculose, o câncer etc.

Os motivos são vários e nós listamos abaixo os principais deles. Vamos acompanhar?

Praticidade

O serviço de cremação é mais prático do que o enterro tradicional. No primeiro, o procedimento é realizado e as cinzas são entregues às famílias, podendo ser armazenadas em suas casas, em urnas cinerárias ou em columbários, que são grandes armários de madeira com portas de vidro e fechadura dentro do crematório. Já no enterro tradicional, precisa haver a manutenção periódica do jazigo e, posteriormente, a exumação, que é a retirada dos restos mortais da sepultura.

Logo, realizar a cremação se torna muito mais prática e tem atendido às necessidades da sociedade atual, sobretudo de muitos jovens.

Quebra de paradigma religioso

Um motivo importante que tem contribuído para o aumento da procura pela cremação em todo o território nacional é o rompimento com o conservadorismo religioso. Por muitos anos a Igreja Católica proibiu que fossem feitas as cremações e o Brasil possui a maior parte de sua população de fiéis católicos. Mas em 1963 o Papa Paulo VI publicou a Instrução do Santo Ofício “Piam et Constantem” autorizando a cremação, desde que essa vontade não fosse por negação aos princípios cristãos ou por ódio à Igreja Católica. Salvo exceções, a cremação também tem aceitação da maioria das religiões cristãs, desde que seja respeitada a especificidade de cada uma delas. No espiritismo, por exemplo, pede-se o prazo de 72 horas para cremar o corpo, pois eles acreditam que o espírito leve esse tempo para se desencarnar.

A aceitação de grande parte das religiões propiciou o crescimento da procura pela cremação.

Economia

Antes se pensava que a cremação era algo muito caro, destinado apenas para pessoas com alto poder aquisitivo. Porém, o que vem se descobrindo é que esse serviço é mais econômico do que o enterro tradicional. Em um cemitério particular a compra de um jazigo custa no mínimo R$ 20.000,00. Acrescidos aos custos de caixão, taxa de sepultamento, exumação e manutenção do jazigo, os custos passam a ser muito mais elevados quando comparados aos da cremação, que possui preços a partir de R$ 3.500,00.

Após a cremação, as cinzas podem ser armazenadas em urnas cinerárias, que custam a partir de R$ 200,00 e variam para valores mais elevados de acordo com o material que são produzidas. Caso os familiares não optem por espargir as cinzas num rio, lago, mar ou jardim, e nem guardar a urna cinerária dentro de casa ou fora dela, uma opção é guardá-la nos columbários, como vimos acima, que possuem mensalidades a partir de R$ 70,00.

Logo, podemos observar que a cremação pode custar até 6 vezes menos do que o enterro.

Proteção a saúde e meio ambiente

Quando ocorre o enterro tradicional, o corpo passa pelo estágio de putrefação. Esse estágio é composto de quatro fases, sendo a primeira fase chamada cromática, seguida pela fase gasosa, depois a fase coliquativa e por último a fase da esqueletização.

Na segunda fase, a gasosa, o corpo libera muitos gases, entre eles o gás sulfídrico, monóxido de carbono, a amônia e a fosfina. Esses gases podem atingir a atmosfera contaminando o ar que respiramos.

Já com a cremação não há esse perigo, pois o procedimento realiza a queima e eliminação desses gases tóxicos durante o seu processo. Há também um filtro no forno de crematório que impede a atmosfera de ser poluída.

Na terceira fase, a coliquativa, o corpo torna-se uma massa pútrida, e quando não há um jazigo impermeabilizado, essa massa alcança o solo e o lençol freático, contaminando a terra e as águas, e aumentando as doenças como a febre tifóide, a hepatite, a poliomielite, a meningite, etc.

Além disso, essa massa pútrida pode contaminar o solo com o necrochorume, que possui dois compostos altamente tóxicos e cancerígenos, que são a putrescina e a cadaverina.

Porém, com a cremação, o perigo da contaminação dessas doenças será eliminado, uma vez que o corpo não passará pelo estágio de putrefação.

Um outro exemplo de doença que pode ser prevenida é a dengue. Os vasos de flores que são deixados nos jazigos, caso não tenham uma manutenção correta, podem se tornar criadouros do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, colocando em risco a vida dos funcionários e das pessoas que visitam o cemitério.

Um mercado em ascensão

O mercado de cremação vem crescendo a cada ano, porém ainda há um vasto mercado a ser explorado. Segundo o IBGE, em 2018 foram registradas aproximadamente 1 milhão e 300 mil mortes. O Sincep, que é o sindicato de cemitério e crematório do Brasil, informa que aproximadamente 10% das pessoas que morrem no Brasil são cremados, então temos a estimativa de que, no ano de 2018, 130 mil corpos foram cremados.

Dessa forma podemos ver que existe um campo gigantesco a ser explorado pela indústria da cremação. Um outro dado relevante, é que na última década o crematório da Vila Alpina duplicou a sua quantidade de cremações, comprovando que este mercado está em plena ascensão.

Oportunidades para o profissional de cremação

Você se interessa em ser um profissional da cremação? O profissional que faz um curso de cremação certamente está preparado para um futuro muito próspero, pois na atualidade o Brasil já possui mais de 132 crematórios, sendo que a tendência para os próximos anos é um aumento ainda maior.

Como vimos acima, a procura pela cremação vem crescendo exponencialmente e diversas vagas de trabalho estão surgindo nessa área, não só para cremação de humanos, mas também para a cremação de animais. Além disso, o profissional também poderá empreender na área, tendo seu próprio crematório.

Neste artigo explicamos melhor quais as oportunidades para o profissional da cremação, que podem ser tanto operacionais quanto administrativas, e oferece salários que variam de R$ 1.800,00 a R$ 5.000,00.

Quer saber mais?

Para ser um profissional de cremação, será necessário fazer um curso na área.

Nos curso de cremação presencial e ao vivo da Signum Cursos, ministrados pelo fundador e diretor da Signum Cursos, Prof. Sergio Portela, juntamente com seu mentor-conselheiro, João Neto, o aluno aprenderá sobre os fundamentos da cremação, ou seja, a postura correta ao atender os familiares, os documentos que devem ser requisitados no momento do atendimento, os cargos existentes dentro de um crematório, as Leis que permeiam a profissão e esse tipo de serviço, o período de surgimento da cremação, o porquê dela estar em ascensão no Brasil, as diferenças entre cremar e inumar, o plano de cremação futura, o funcionamento de um forno de crematório, os tipos de urnas cinerárias etc.

Além de preparar o aluno sobre questões históricas, técnicas e burocráticas sobre a área, o curso prepara o aluno também para ser um mestre de cerimônias, pois sabemos que nos cerimoniais de despedidas no anfiteatro do crematório, esse profissional terá de conhecer técnicas de oratória para dar início ao cerimonial e conduzi-lo até o fim.

Matricule-se hoje mesmo no curso de cremação da Signum e venha ser um profissional dessa área!