Quando ocorre o enterro tradicional, o corpo passa pelo estágio de putrefação. Esse estágio é composto de quatro fases, sendo a primeira fase chamada cromática, seguida pela fase gasosa, depois a fase coliquativa e por último a fase da esqueletização.
Na segunda fase, a gasosa, o corpo libera muitos gases, entre eles o gás sulfídrico, monóxido de carbono, a amônia e a fosfina. Esses gases podem atingir a atmosfera contaminando o ar que respiramos.
Já com a cremação não há esse perigo, pois o procedimento realiza a queima e eliminação desses gases tóxicos durante o seu processo. Há também um filtro no forno de crematório que impede a atmosfera de ser poluída.
Na terceira fase, a coliquativa, o corpo torna-se uma massa pútrida, e quando não há um jazigo impermeabilizado, essa massa alcança o solo e o lençol freático, contaminando a terra e as águas, e aumentando as doenças como a febre tifóide, a hepatite, a poliomielite, a meningite, etc.
Além disso, essa massa pútrida pode contaminar o solo com o necrochorume, que possui dois compostos altamente tóxicos e cancerígenos, que são a putrescina e a cadaverina.
Porém, com a cremação, o perigo da contaminação dessas doenças será eliminado, uma vez que o corpo não passará pelo estágio de putrefação.
Um outro exemplo de doença que pode ser prevenida é a dengue. Os vasos de flores que são deixados nos jazigos, caso não tenham uma manutenção correta, podem se tornar criadouros do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, colocando em risco a vida dos funcionários e das pessoas que visitam o cemitério.