12/07/2021

Qual a diferença entre cremar e inumar?

Por admin

A ideia de se despedir de um ente querido é sempre muito desalentadora. Em meio a esse momento triste, a família muitas vezes perde o seu norte e não sabe bem o que fazer.

Qual é a melhor despedida? Que tipo de funeral escolher?

Saiba qual a diferença entre cremar e inumar e avalie os seus prós e contras antes de tomar essa difícil decisão.

O que é inumar? Como funciona?

Inumar nada mais é do que o sepultamento tradicional, ou seja, enterrar o seu ente querido. Para esse sepultamento é necessário ter um jazigo no cemitério, seja ele familiar ou individual. O procedimento costuma ser rápido e realizado logo após o velório.

Como funciona a cremação?

A cremação se diferencia da inumação em vários sentidos, vamos ver alguns deles. Na cremação também existe o velório, porém logo após não há a necessidade de atravessar todo o cemitério carregando o caixão do ente querido debaixo de sol ou chuva para enterrá-lo, uma vez que logo após velório, amigos e familiares são conduzidos ao anfiteatro do crematório para assistirem vídeos e fotos que relembram a vida do ente querido. Nessa cerimônia de despedida o caixão sobe através de um elevador até aparecer no palco do anfiteatro. No final da cerimônia o caixão desce pelo mesmo elevador e irá para uma câmara fria aguardar a programação para ser cremado.

Com a cremação também não existe a forte imagem de ver “coveiros” jogando terra em cima do caixão, já que a última imagem do ente querido ocorre através de vídeos e fotos apresentados na cerimônia de despedida.

A incineração em si dura cerca de 1 hora e meia a 2 horas, dependendo da massa corporal existente. Porém as cinzas são entregues aos familiares em até duas semanas após a cremação.

Como escolher, afinal?

O fato de amarmos demasiadamente a ação de viver faz com que a morte seja um assunto doloroso. Por mais natural que possa ser é de se esperar que as pessoas fiquem desnorteadas, sem saber ao certo como proceder e o que fazer no momento da despedida. Portanto é muito importante que a pessoa escolha em vida a maneira que gostaria que o seu corpo fosse sepultado, seja através da inumação ou da cremação.

Por isso existir a declaração de vontade, que é um documento assinado pelo requerente juntamente com mais 3 testemunhas e registrado em cartório, onde a pessoa declara em vida a vontade que possui em ser cremada ou inumada. No caso da cremação existe também a manifestação da vontade, onde a pessoa registra verbalmente com um familiar a vontade que possui em ser cremado ou cremada.

Quando já se tem essa resposta, todo o processo fica menos difícil. No texto a seguir, você pode considerar as opções e chegar à melhor decisão.

Qual é a melhor opção entre cremar e inumar?

No Brasil, o tipo de funeral mais comum sempre foi o tradicional, ou seja, a inumação. Ainda assim, com o passar do tempo a cremação vem crescendo muito na escolha dos brasileiros.

Isso se dá ao fato da desmistificação em torno da cremação. Ela, ao contrário do que se acreditou durante muito tempo, é mais econômica do que a inumação, a curto e também a longo prazo.

No entanto, por questões religiosas ou de apego ao corpo do ente querido, algumas pessoas acabam tendo dificuldade e se sentem mais confortáveis com um enterro tradicional.

Deixando de lado os tabus que existem em torno do tema, observe atentamente as escolhas de despedida disponíveis para esse momento.

Por que inumar?

Enterrar um ente querido acaba sendo uma opção muito escolhida por conta de questões religiosas. Isso acontece porque até 1963, a Igreja Católica condenava a cremação, acreditando se tratar de um ritual pagão.

Algumas religiões não aceitam a cremação até hoje, como é o caso do candomblé, do judaísmo e do islamismo.

Quanto custa a inumação?

Sendo a forma de despedida mais popular, um enterro tradicional é também a escolha mais cara.

  • Se a família não possuir um jazigo no cemitério, os custos podem variar de R$7 mil a R$25 mil.
  • Caso haja o jazigo, os custos caem consideravelmente e giram em torno dos R$4 mil a 5 mil, porém em algum momento ocorreu o gasto com a compra do jazigo.

Esses valores variam de acordo com a cidade e com o cemitério, além da funerária e do caixão escolhido pela família. Além desse custo, é preciso também prever custos futuros, como as despesas da manutenção e limpeza do jazigo.

Dispor de um plano funerário pode deixar todo esse processo mais em conta, além de mais fácil, mas os gastos futuros continuarão sempre presentes para a família, já que a taxa de manutenção é paga de forma vitalícia ao cemitério.

Ao fim do prazo de manutenção dos restos mortais no jazigo, a família precisa arcar também com a exumação do corpo.

Vantagem da inumação

Apesar dos custos mais elevados, caso a família já possua um jazigo, as despesas serão reduzidas, o que pode ser vantajoso.

Por que cremar?

A cremação é um procedimento muito antigo e está em constante ascensão no Brasil pelos últimos trinta anos. Na antiguidade, a cremação era a despedida reservada aos nobres em diversas sociedades históricas, como os romanos.

O procedimento é rápido, sustentável, conta com um cerimonial de despedida emocionante e ainda tem custos mais baratos.

Quanto custa a cremação?

Muitas pessoas acreditam que a cremação é um processo mais caro do que a inumação, mas isso não é verdade. A procura cresce a cada dia e os brasileiros tem descoberto que o valor do serviço pode ser mais barato que o do enterro tradicional, a curto e longo prazo.

Os custos variam de acordo com a região, e também do crematório, mas de modo geral a cremação pode variar entre R$2,5 mil a R$5 mil. Além dos gastos poderem ser menores no primeiro momento, os gastos futuros não existirão, uma vez que a urna cinerária com as cinzas poderá ser guardada em casa ou as cinzas espargidas num rio, lago, mar ou jardim.

Após o término da cerimônia, os familiares não precisam mais arcar com qualquer custo referente ao falecimento do seu ente querido.

Vantagens da cremação

Além de ser mais econômico, cremar os corpos de pessoas falecidas é também mais sustentável e ecológico.

Quando uma pessoa é cremada, ela não passa pelos estágios da putrefação e isso previne uma série de consequências, como a contaminação do solo, do lençol freático e do ar pelas bactérias e gases expelidos pelo cadáver.

Além disso, a cremação também contribui para a redução da superlotação nos cemitérios, com espaços cada vez mais escassos, especialmente durante os anos de pandemia.

Junto dessas vantagens, muitas famílias enxergam também como um benefício a possibilidade de levar as cinzas do seu ente querido e dispensá-las em algum lugar importante, que tenha marcado a vida dele de alguma forma. É outro ritual de despedida, um modo de honrar a vida da pessoa que se foi.

O ritual da inumação

O ritual da inumação começa no velório, cujo tempo de duração varia de acordo com a causa, tempo decorrido da morte e também vontade dos familiares responsáveis.

O local do velório também depende do desejo da família, e muitas vezes acontece em salas do próprio cemitério onde a pessoa falecida será inumada em seguida.

O velório garante à família um tempo necessário para a despedida do corpo, para as últimas homenagens e para uma espécie de confraternização aos enlutados, que tem a oportunidade de confortarem uns aos outros.

Após essa cerimônia, o corpo é conduzido em um caixão até o jazigo, onde ocorre o sepultamento.

O ritual da cremação

O princípio do processo é parecido na cremação, já que também é realizado o velório, permitindo que os familiares e amigos se despeçam e homenageiem a pessoa falecida, no local de escolha da família.

Após o velório, no entanto, o corpo ao invés de ser conduzido ao jazigo é direcionado para o crematório. Lá, o caixão é levado para a incineração até que o corpo se reduza a fragmentos de ossos calcinados, os quais logo após serão triturados e inseridos num invólucro que será entregue aos familiares.

O processo da cremação em si dura cerca de 1 hora e meia a 2 horas.

Como decidir então entre um serviço e outro?

Na discussão entre cremação e inumação, a questão ambiental é um fator de destaque.

Enterrar um cadáver pode contaminar os solos, os rios e o ar, especialmente se os cuidados necessários ao sepultamento não são seguidos à risca.

Apesar de muitas pessoas acharem que a cremação libera gases tóxicos no momento do procedimento, prejudicando a camada de ozônio, é importante destacar que os fornos dos crematórios possuem filtros e a câmara secundária, que requeima todos esses gases, não permitindo que eles sejam liberados na atmosfera.

Sendo assim, pela praticidade, economia e sustentabilidade é possível concluir que a cremação pode ser a decisão mais acertada. Ainda assim, não podemos negar que essa decisão é muito pessoal.

Para que não haja dúvidas é fundamental que você converse com os seus familiares sobre essa possibilidade futura, por mais difícil que seja. Assim você saberá que está respeitando a vontade do seu ente querido nesse momento difícil.